Com certeza você já ouviu falar no famoso Edifício Copan. Projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer e com a colaboração de Carlos Alberto Lemos, essa icônica construção conta com 32 andares, divididos em 6 blocos. São no total 1.160 apartamentos de diferentes tamanhos, indo de studios de 25m2 a espaçosas unidades de 210m2. Considerado o maior complexo não só do país, mas também de toda a América Latina pelo Guiness Book, o Copan possui até CEP próprio.
A obra teve início em 1952, porém, o edifício só fora entregue em 1966. Seu projeto foi encomendado pela Companhia Pan-Americana de Hotéis, cuja abreviatura deu origem ao nome do edifício. A ideia inicial era de criar um complexo urbanístico inspirado no Rockfeller Center, em Nova York, cujo espaço abriga unidades residenciais, comércios e um hotel. Porém, o hotel acabou não saindo do papel, sendo construída apenas a torre residencial.
Porém, não podemos dizer que ele deixa de ser um complexo que mescla moradia e prestação de serviços. No térreo, os moradores contam com uma infraestrutura para ninguém botar defeito: são 72 pontos comerciais, que vão desde cafeterias, locadoras de vídeo, restaurantes até uma igreja, que ocupa o espaço de onde seria um cinema.
O sucesso do condomínio de formas curvas, que contrastava com os edifícios quadrados em seu entorno fez com que ele se tornasse um dos metros quadrados mais caros de São Paulo após o seu lançamento. Entretanto, no início da década de 80, o prédio sofreu bastante com a degradação, tornando-se um ponto de tráfico de drogas e prostituição. Felizmente, ao final da mesma década, os moradores optaram por administrar o condomínio por conta própria. O síndico dessa “mini-cidade”, ocupa esse cargo há mais de 25 anos. Tamanha confiança e organização fez com que o Copan recuperasse seu prestígio – e também seu valor de mercado.
Atualmente, o Copan é conhecido por sua pluraridade. Em seus apartamentos, é possível encontrar jovens, idosos, crianças, transexuais, artistas, empresários, secretárias do lar, cuidadores de idosos, entre outros. Todos vivendo em perfeita harmonia, como uma grande família. O respeito entre as mais variadas “tribos” é um verdadeiro exemplo.
Se você não conhece de perto esse verdadeiro cartão-postal da cidade, vale a pena fazer uma visita. Sua cobertura em algumas ocasiões é aberta para não-moradores apreciarem a incrível vista do centro da cidade. Mas, se ele não estiver aberto, a viagem não será perdida: delicie-se em alguns dos diversos espaços gastronômicos disponíveis no andar térreo do edifício.